Por que você merece trabalhar aqui?

Oie!

Lembram que, no primeiro post aqui do blog, falamos sobre como entrar na faculdade é algo que nos faz virar adultos de verdade? Pois então, estou aqui pra dizer que, na real, acho que quando começamos a estagiar é que isso acontece. Pra ser sincera, cheguei à conclusão de que viramos adultos muitas vezes durante a vida… E que, talvez, ainda sejamos um pouco crianças até mesmo quando formos bem velhinhos. Mas, frases solenes à parte, o assunto de hoje é tentar arrumar estágio. Coisa que tem sido bem parte do meu dia a dia – e tem me ensinado muito, também.

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Só comecei a procurar estágio no início do segundo período. Isso porque queria adiar o máximo possível a minha entrada nesse universo misterioso e traiçoeiro que é o mercado de trabalho. Eu só conseguia pensar em como não teria mais férias, em como seria cansativo e em como eu ia virar, aos poucos, uma daquelas pessoas que só pensam em chegar em casa pra dormir, e não pra se arrumar e ir pra balada. Confesso que sempre tive um pouco de síndrome de Peter Pan! Minha vontade era (quem eu tô querendo enganar? ainda é) de ficar brincando de Barbie e pique-esconde até a eternidade!

Só que, depois de seis meses, percebi que já estava na hora de botar a mão na massa, e me surpreendi ao perceber que isso não tinha sido imposto a mim: eu estava realmente com vontade de trabalhar. Quando a gente gosta do que tá estudando na faculdade, acaba querendo mais do que assistir a aulas. Pelo menos aconteceu assim comigo. E, por mais estranho que pareça, quando a gente não tá gostando tanto assim (ou tá em dúvida só porque sempre dá uma dúvida, mesmo), estagiar também pode ser a melhor maneira de ter certeza se quer ou não continuar naquilo.

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“Tá, tudo lindo, L, você já me convenceu de que estágio é legal, mas o que eu faço pra encontrar um?” Essa sou eu falando comigo mesma, totalmente perdida e querendo voltar pro Jardim III, quando tudo era mais fácil (e quando eu tinha um namoradinho loiro e fofo que me dava flores e dividia o lanche comigo). Bom, a maioria das faculdades facilita essa parte pros seus alunos… Na UFRJ, nós recebemos e-mails com oportunidades, e esse foi o momento em que eu parei de excluí-los direto. Observação: mais um indício de que se está virando adulto é o fato de começar a checar seu e-mail todo dia. Não sei vocês, mas eu sempre achei isso muito coisa de mãe.

Então, eu percebi que, antes de tudo, eu precisava de uma coisa muito importante: um currículo. Dããã! Tinha me esquecido disso. Podem me julgar. Ok, a saga começou. Acreditem, fazer um currículo é uma daquelas coisas simples que a gente nunca sabe como fazer. Ainda mais quando a gente não tem nada pra colocar nele. O que aprendi durante minhas buscas aprofundadas no incrível mecanismo possuidor de fontes nem sempre muito confiáveis chamado Google foi: você tem que colocar seu endereço lá (foi mal se eu não sabia disso), tem que ser organizado e usar umas letras grandes pra ocupar espaço é bem válido.

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Depois de fazer o seu currículo, você sai mandando pra tudo quanto é vaga de que tiver notícia e se encaixar no que você tá procurando. Leia sempre os requisitos exigidos, pra não ficar com esperança à toa. E vai demorar pra alguém responder. Você vai ficar toda feliz com a primeira resposta, aí vai ler “obrigado pelo interesse, mas a vaga já foi preenchida”. Aham, xingamentos dos mais variados habitarão sua mente nesse segundo. Tem que ter paciência, eu que o diga. Quase desanimei várias vezes, até que consegui a primeira entrevista! Yay, felicidade! E pavor.

Socorro! Não ia saber o que dizer, não iam gostar de mim, o entrevistador ia ser uma pessoa tipo Miranda Prietsly de “O Diabo veste Prada” e ia me chamar de burra no final. Eu ia voltar pra casa chorando.

Chegou o dia, demorei séculos pra decidir que roupa usar, fui. O cara era super simpático e não me fez muitas perguntas. Quando acabou, pensei: é só isso? Tudo bem que eu tinha gaguejado ao falar sobre o que eu pensava da empresa e que meu celular tinha tocado no meio de uma frase… Tudo bem nada, foi ridículo. Mas tinha passado e era isso o que me importava naquela hora. Óbvio que não me chamaram. Óbvio que fiquei meio frustrada.

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Na segunda entrevista, coloquei o celular no silencioso antes mesmo de sair de casa. E tratei de pesquisar bastante sobre a empresa antes. Só que eu não sabia muito bem do que se tratava o trabalho, e acabou que não demonstrei entusiasmo suficiente com o que eu ia fazer lá. Apesar de ter achado super legal. Burra! Fiquei com raiva de mim mesma. Na terceira, fiz tudo certo, mostrei o quanto queria a vaga e até cogitei mudar meu horário na faculdade. Nada. Na quarta, fiz milhões de provas e os outros candidatos tinham muito mais experiência que eu, não passei nem pra segunda fase.

Agora, estou esperando uma resposta da quinta empresa (o que significa que ainda não sou adulta, pois é). Passei pra segunda fase, me saí bem e estou esperançosa. Se não for dessa vez, vou ficar deprimida durante umas duas horas e depois vou continuar mandando currículos. Esse negócio de arranjar estágio é mais difícil do que pensei! Mas é difícil pra todo mundo, porque, afinal, a vida real está começando. E como é que a gente aprende na vida? Errando. A gente até pensa que sabe tudo o que deve fazer, só que, olha só pra mim, esqueci de coisas básicas e foi isso o que me fez lembrar delas depois.

Eu não dei dicas justamente por acreditar nesse lance de que o saber vem com a experiência. Mas vale anotar algumas das coisas que eu disse, pra não pagar tanto mico. Deixem essa parte pra mim. Roupa adequada, demonstração de interesse, conhecimento sobre a empresa, segurança na hora de falar. O resto fica a cargo da sorte.

Sério, mandem vibrações positivas, PORQUE EU JÁ TÔ FICANDO PUTA. #calma

Beijinhos! rsrsrs

Comments
7 Responses to “Por que você merece trabalhar aqui?”
  1. Amanda says:

    Haha, me vi muito no seu texto! Sabe, como começo é assim mesmo. A gente manda zilhões de e-mails e ninguém chama e quando chama, a gente se acha incapaz de ficar. Normal ficar nervosa, gaguejar e o celular tocar, rs, mas acredite, em cada entrevista, você vai ganhando segurança e isso se mostra na sua postura durante a entrevista. Eu detestava o primeiro estágio que eu arrumei e fiquei buscando outros, mas acabei não conseguindo logo e isso me deixou frustrada. Sempre ia pras entrevista me achando menos preparada que os demais. Mas decidi que não podia ficar assim, que eu precisava me preparar. Hoje, eu estou estagiando e já tive duas chances de mudar para outro estágio, se eu quisesse. E além do mais, fiquei super orgulhosa de mim por ter passado em um processo de seleção de três fases! Tudo na sua hora certa, fica tranquila.
    P.S. Checar o e-mail todos os dias com certeza é coisa de adulto.
    Beijinhos

    Hipérboles
    @hiperbolismos

    • L says:

      Pois é, dá uma revolta algumas horas, mas, no fim, a gente sobrevive! Haha. Já aprendi muito e sei que vou continuar aprendendo…
      O bom é que uns amigos meus da faculdade estão na mesma situação, aí a gente fica reclamando da vida juntos. KKKK

  2. Yey! Adorei o texto! *-* Muuuuuuuita sorte pra você! E tomara que nessa ~quinta~ vez dê tudo certo e você consiga o estágio! <3
    Bom, o bacana é que as faculdades ajudam, não é!? E você começou muito cedo a se interessar pelos estágios. Isso é uma coisa bem bacana e pode ser um diferencial para você. Muita gente deixa pra pensar nisso no quarto, quinto período.. E você já ta correndo atrás no segundo õ/
    Começarei na facul em 2013.2, e espero ficar tão empolgada assim e virar adulta! :)
    beijos!
    http://doiss2.blogspot.com.br/

    • L says:

      Ah, muito obrigada! Pois é, também achava cedo, mas tem gente que começa até no primeiro, ainda mais no meu curso… Cada um tem seu tempo, na verdade, né?
      Boa sorte na faculdade, acho que você vai gostar. É um universo totalmente novo e traz muita coisa boa! :)

  3. Isabelle says:

    Meu, realmente, trabalhar é sair da bolha. Mas pra mim isso é a terceira coisa que te faz adulto, a segunda é abrir conta em banco (eu tive que abrir por causa do estágio, socorro), e a primeira: ABASTECER O CARRO. Imagina, tu chegando no posto e falando “oi, bota 50, por favor”. Sério, eu vou chorar neste dia (último item que me falta pra completar o ciclo, oremos).

    • L says:

      Hahaha, realmente, esqueci disso… Abri uma conta ano passado e muda tudo, mesmo! Você administra seu próprio dinheiro, passa cartão, nada mais adulto que isso, hahaha. Bem lembrado! Pra eu abastecer, acho que ainda demora, ainda nem tirei carteira #triste

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